Call of Duty: Ghosts

Analisado por: Victor Emanuel Farias

 
 
 
 
 - Plataforma de Teste: Xbox 360
 
 - Informações:
 
Plataformas: Xbox 360, PlayStation 3, PC, PlayStation 4, Xbox One, Wii U
Distribuidora: Activision
Desenvolvedora:  Infinity Ward
Online: Sim
Jogadores: 1 (Campanha), 1-12 (Multiplayer)
Duração: 6-7 horas (Campanha)
Data de Lançamento05/11/13 (Xbox 360, PS3, PC, Wii U); 15/11/13 (PS4); 22/11/13 (Xbox One)
 
 
 
 Introdução
 
 
Mas um ano se passa e mais um game da franquia Call of Duty é lançado. O blockbuster é atualmente uma franquia anual devido ao seu sucesso estrontoso em vendas todos os anos. Seus últimos jogos, Modern Warfare 3 e Black Ops 2, foram aclamados pelos jogadores pela sua ótima jogabilidade e, claro, o multiplayer, fator mais importante da série.  
 
 
O jogo da série dessa vez é o Call of Duty: Ghosts, desenvolvido pela Infinity Ward (mesma desenvolvedora da trilogia Call of Duty: Modern Warfare) e também é o primeiro Call of Duty a sair para a próxima geração de consoles (PS4 e Xbox One). Mas será que o título mantém a qualidade padrão dos seus antecessores?
 
 
 
 Qualidades
 
 
 • A lenda dos Ghosts
 
Por mais que o enredo de Call of Duty: Ghosts não seja o foco, a história é bem introduzida e traz uma impressão de que teremos uma excelente aventura. Os protagonistas, Logan (que é controlado pelo jogador) e Hash, são bem cativantes e muito unidos. Porém, o maior destaque no início do game é Riley, o cachorro da dupla de soldados que os ajuda bastante combatendo os inimigos silenciosamente.
 
 
O enredo começa com o pai dos protagonistas, Elias, contando a história dos lendários soldados Ghosts, que derrotaram vários inimigos em um combate quase perdido. Após isso, algumas anomalias começam a acontecer no planeta e eles descobrem que um satélite inimigo está provocando isso. Alguns anos depois, a América se divide em Estados Unidos (e seus aliados) contra outra força militar chamada de Federação. Depois de alguns acontecimentos, Hash e Logan descobrem que a lenda era verdadeira e se juntam aos Ghosts para combater a Federação. E o melhor de tudo: o jogo é dublado ao Português Brasileiro.
 
 
 • Mecânica ajustada
 
Desde que foi anunciado, a Activision fez questão de divulgar que Call of Duty: Ghosts traria boas modificações na mecânica da série. E apesar de não ser tão evidentes, os jogadores antigos da série devem perceber que algumas melhorias foram aplicadas.
 
 
Na campanha, por exemplo, temos missões que controlamos veículos livremente como helicópteros e tanques de guerra. Além disso, em algumas partes do jogo podemos controlar Riley através de uma câmera em seu colete, o que gera bastante variedade. Algumas armas novas também foram adicionadas.
 
 
 • O Multiplayer de sempre com novos modos de jogo
 
Mesmo que a campanha de Ghosts seja divertida, o verdadeiro foco está no modo Multiplayer. Aqui temos uma série de modificações: novos modos de jogo dentro do Multiplayer e duas novas opções no menu principal: Pelotões e Extinção
 
 
No modo Pelotões, temos uma mistura do modo Multiplayer com o antigo modo Special Ops, da série Modern Warfare. Aqui podemos lutar equipe contra equipe, semelhante ao Team Deathmatch ou lutar contra os inimigos no cooperativo.
 
Já o modo Extinção é o mais inovador de todos. Aqui temos a missão de derrotar alienígenas! E além de derrotá-los, o jogador precisa estar atento aos casulos dos aliens que precisam ser destruídos.
 
 
 Falhas
 
 
 • Enredo meia boca
 
Por mais que o início e o final da história de Ghosts seja boa, isso não pode ser dito quanto ao resto da campanha. O enredo é bem fraco e, se comparado aos seus antecessores, é o pior da série.
 
 
Quando chegamos a metade do jogo, a campanha fica extremamente repetitiva e com diálogos ruins. Até mesmo algumas cenas que eram para ser emocionantes, se apresentam bem chatas.
 
Além disso, outro questionamento é sobre o cachorro Riley. Sua participação na campanha fica restrita apenas ao início do game, o que mostra que a Infinity Ward parece ter esquecido desses detalhes.
 
 
 • Muito curto
 
Como todos os jogos anteriores da série, Call of Duty: Ghosts também falha quanto a sua longevidade. A campanha dura apenas 6 ou 7 horas e, diferente de Black Ops 2, não tem nenhuma missão secundária ou escolhas no enredo que eleve o seu "fator replay".
 
 
É claro que o Multiplayer vai entreter o jogador por várias horas mas mesmo assim, esse fator é muito questionável.
 
 
 • Gráficos ultrapassados
 
Pelo fato de Ghosts ser desenvolvido também para a próxima geração, era de se esperar uma elevação na qualidade gráfica, o que infelizmente não aconteceu.
 
 
Os gráficos da versão para Xbox 360 e PS3 não tem absolutamente nenhuma melhoria. Já as versões de PS4, Xbox One e PC não mostram um salto gráfico eficiente, o que mostra que visualmente a série Call of Duty está bem atrás de seu concorrente Battlefield.
 
 
 • Mais do mesmo
 
A jogabilidade teve suas melhorias em Ghosts, mas não é suficiente para tirar a visão de "mais do mesmo" que o jogador terá ao tentar jogar.
 
 
Afinal, as alterações foram poucas comparadas a Black Ops 2, o que pode decepcionar os fãs de jogos de tiro em primeira pessoa que esperavam muitas inovações por parte da desenvolvedora.
 
 
 
 Conclusão
 
Call of Duty: Ghosts é um bom jogo, mas suas inúmeras falhas e sua falta de inovação pode ofuscar o brilho que a série já conquistou no mercado de jogos.
 
 
O jogo é altamente recomendado aos fãs da série, que perceberão as mudanças na mecânica e se divertirão com os novos modos de jogo. Porém, aos jogadores mais "casuais", é melhor esperar o próximo jogo.