Halo 5: Guardians

Analisado por: Victor Emanuel Farias

 
 
 - Plataforma de Teste: Xbox One
 
 - Informações:
 
Plataformas: Xbox One
Distribuidora: Microsoft Studios
Desenvolvedora:  343 Industries
Online: Sim
Jogadores: 1-4 (Campanha), 1-24 (Multiplayer)
Duração: Cerca de 10 horas
Data de Lançamento: 27/10/15
 
 
 Introdução
 
O que posso falar da franquia Halo? Sem dúvidas, é uma das maiores de todos os tempos, além de ser o carro-chefe do Xbox. Afinal, Halo: Combat Evolved foi o grande responsável por popularizar o Xbox original na época em que ele foi lançado. A série continuou com Halo 2 ainda no Xbox e Halo 3 já no Xbox 360, encerrando a trilogia inicial, onde a Bungie começou a produzir spin-offs como ODST e Reach. Porém, a Bungie deixou a Microsoft em 2010, abrindo a vaga para a 343 Industries, que foi responsável por desenvolver Halo 4, jogo que iniciaria a nova trilogia. O game foi um sucesso (você pode conferir minha análise dele aqui) e até ganhou o prêmio de melhor jogo de 2012 no MultiReview.
 
 
Enfim, a continuação de Halo 4 é lançada três anos depois, agora para o Xbox One. Será que Halo 5: Guardians manterá o padrão de qualidade ou escorregará em suas falhas?
 
 
 Qualidades
 
• Bonito e gostoso de se jogar
 
Desde o início da produção, a 343 Industries deixou claro que queria manter o jogo a uma taxa de 60 quadros por segundo. Para que isso fosse possível, a experiente desenvolvedora utilizou um método que nenhum jogo até então usurfruiu chamado resolução progressiva, onde o próprio console aumenta ou diminui a resolução, dependendo do que está acontecendo na tela.
 
 
Mesmo assim, isso não comprometeu em nada na questão visual de Halo 5. O jogo continua muito bonito, mesmo que em algumas áreas sua resolução seja diminuida para 900p. E claro, os 60fps são muito confortáveis de se jogar. Enfim, temos uma experiência de cinema com uma jogabilidade extremamente fluida e uma trilha sonora como sempre impecável. Além de uma boa dublagem em português. 
 
 • História consistente
 
Halo 5: Guardians tem uma história no mínimo interessante. A sacada de utilizar dois protagonistas ao mesmo tempo trouxe ao jogo pontos de vista diferentes.
 
 
No jogo, você controlará dois esquadrões Spartan: Osiris, do spartan Locke, e Equipe Azul, do Master Chief. Ambas possuem 4 guerreiros, possibilitando que você jogue com mais 3 amigos cooperativamente. Enquanto a Equipe Azul está em uma busca por Cortana, que supostamente reapareceu em algum lugar desconhecido, Osiris tem a missão de caçar o Master Chief e impedir que ele vá atrás dela. Halo 5: Guardians possui 15 missões, onde cerca de 70% delas são protagonizadas pelo esquadrão Osiris. Então, esteja bem acostumado em controlar Locke e seus aliados.
 
 • Spartans reformulados
 
Por mais que tenha uma história interessante e gráficos consistentes, o maior destaque de Halo 5: Guardians se dá pela sua reformulação na jogabilidade. Finalmente, temos uma reformulação na mecânica dos Spartans para se parecerem mais com os jogos de tiro modernos. Agora, o jogador poderá utilizar a mira inteligente em LT (funciona de maneira semelhante ao zoom mas com algumas melhorias), a investida Spartan ao correr e pressionar RB ou ao pular e segurar o RB e a mochila a jato ao pressionar o botão B. Já na campanha temos alguns comandos nos direcionais como a visão de objetivos (pressione baixo) ou comunicação com o esquadrão (pressione cima).
 
 
As armas também sofreram algumas reformulações: as armas promethean estão mais letais do que nunca. Além disso, temos também novos veículos, torrentas e inimigos, o que ajuda a diferenciar o jogo de seu antecessor.
 
 • Multiplayer: Arena e o gigantesco Zona de Guerra
 
Finalmente chegamos a parte mais divertida do jogo: o multiplayer. A franquia Halo sempre ficou conhecida por ter um dos melhores multijogadores dos videogames e Halo 5 consegue evoluir isso ainda mais com seus modos Arena e Zona de Guerra. 
 
 
O modo Arena já é conhecido de todos os jogadores de FPS: equipes de 4 vs. 4 ou 8 vs. 8 onde há o objetivo dependendo da modalidade. As modalidades são as de sempre: mata-mata em equipe, capture a bandeira, dono do morro, entre outros.
 
 
Porém, a grande novidade está no modo Zona de Guerra. Inédito, o Warzone consiste em partidas com equipes de 12 vs. 12 em mapas gigantescos onde vence a equipe que chegar aos 1000 pontos primeiro. Mas não se trata apenas de matar os oponentes, afinal o mapa também apresenta invasões de prometheans nas bases dos times e certos chefões que aparecem do nada com o objetivo de matar qualquer Spartan que aparecer pela área. Além de toda essa bagunça divertida, em cada base há certos computadores onde o jogador pode comprar armas, veículos e melhorias com seus pontos de requisição (ou REQ) que ganha no decorrer do modo. Cada partida dura em média entre 20 e 30 minutos, então prepare-se para reservar um bom tempo livre.
 
 
 Falhas
 
 • Pop-ins gráficos
 
O quesito visual de Halo 5 é quase excelente. Quase, pois grande parte das vezes, o jogador pode sofrer com pop-ins gráficos em mapas maiores. Para quem não sabe, o pop-in acontece quando as texturas dos gráficos que estão distantes do personagem demoram um pouco para carregar, e só renderizam quando o jogador chega perto da determinada área. Não é um problema que realmente atrapalhe, mas compromete um pouco da experiência gráfica do game.
 
 
 • Pequenos deslizes no enredo
 
Como havia dito anteriormente, o enredo de Guardians é interessante. Mas alguns momentos do jogo não chegam a ser tão empolgantes como se espera ser. Para começar, todas aquelas cenas de comerciais que mostravam Locke e Chief próximos a matar um ao outro não existem, afinal a confusão entre eles é bem mais simples do que se imaginava. Por fim, também é estranho o fato da Equipe Azul participar bem menos do jogo do que o esquadrão Osíris, visto que ambas deveriam liderar os holofotes de maneira equivalente.
 
 
 
 
 Conclusão
 
Halo 5: Guardians não é só obrigatório para os fãs como para qualquer possuidor do Xbox One. O jogo traz uma mecânica que agrada a gregos e troianos, além de uma ótima campanha e um multiplayer viciante. Mesmo com algumas falhas gráficas e no enredo, o game é sem dúvida alguma o melhor exclusivo do XOne até agora e vale muito a pena ser adquirido.